Christiano Alves da Rosa nasceu no Embaú, município de Cruzeiro, em 1º de Abril de 1909, filho de Joaquim Francisco da Rosa e Ana Maria de Jesus. Cresceu nos trabalhos duros da lavoura, na região do Embaú e Quilombo, onde seus pais eram pequenos proprietários.
Fez o curso primário em escola rural do Quilombo.
Já rapaz, veio com seus pais para Piquete, onde compraram casa e pequena área de terras na Vila São José, Rua Cel. Pederneiras, nº 8 (hoje números 204 a 222). Permaneceu sempre fiel a essa rua, pois em 1940 adquiriu a casa nº 162 e lá residiu até 1954, quando comprou novo terreno e construiu a residência de nº 197, para onde se mudou com a família e residiu até a morte.
Trabalhou na Fábrica Presidente Vargas exercendo várias atividades como ajudante nas fazendas e em casas de oficiais e como estafeta nos percursos Piquete a São Francisco dos Campos e Piquete a Delfim Moreira.
Nos anos 30 estabeleceu-se com um bar na esquina da Av. Dr. Rodrigues Alves com a Rua Dr. Oliveira Braga.
Em setembro de 1935, casou-se com Anna Oliveira Lucas, de família da cidade.
Espírito empreendedor, em fins da década de 40, adquiriu uma área de terras que abrangia os terrenos de Maria da Silva, antigo e conhecido posto de tropeiros, até os morros atrás da Igreja de São José, de início em sociedade com seu amigo Luiz Arantes Junior, “Seu Zizinho”.
Logo após, já desfeita a parceria, loteou e construiu casas que vendeu à prestação, com juros da “tabela price”, como era usual na época. A esse loteamento chamou de Vila Célia, nome de sua primeira filha.
Paralelamente às atividades de comerciante e construtor, nunca deixou de ser pecuarista. Sempre tinha pequena gleba de terras, onde cuidava de gado leiteiro.
Em meados dos anos 50 loteou e vendeu uma área entre as ruas Camilo Barbosa e a Rodovia Lorena-Itajubá e em 1958 loteou seu sítio, localizado entre a linha do ramal férreo e a Estrada do Ronco. A esses loteamentos denominou respectivamente de Vila Celeste e Vila Cristiana, nomes de suas outras duas filhas.
Iniciou a vida pública exercendo o cargo de subdelegado de polícia da cidade e, em 1947, elegeu-se vereador pela legenda do Partido Social Progressista para o quadriênio de 1948 a 1951. De 1960 a 1964 exerceu o cargo de Vice-Prefeito. Foi eleito Prefeito em 1963, ocasião em que administrou a cidade por cinco anos (1964 a 1968). Pela segunda vez exerceu o mandato de 1973 a 1976. Participou de congressos de Prefeitos Municipais realizados em São Paulo, Campinas e cidades do Vale do Paraíba.
Foi Presidente da Associação Comercial de Piquete, do Partido Social Progressista (PSP), da Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e pertenceu ao Conselho da Santa Casa.
Participou como fundador e Presidente da Sociedade Amigos de Piquete (S.A.P.), da Corporação Musical Piquetense, da Guarda Mirim e da Cooperativa de Consumo de Piquete.
Em 31 de Janeiro de 1977, recebeu da Câmara Municipal de Piquete o título de Cidadão Honorário da cidade em que viveu, à qual prestou serviços por mais de 60 anos e que sempre considerou como sua terra natal.
Christiano Alves da Rosa faleceu em 25 de agosto de 1977, conforme seu desejo, em Piquete.
Fonte: O ESTAFETA, edição 01, de Fevereiro de 1997.