É com grande satisfação que a Fundação Christiano Rosa apresenta esta exposição fotográfica virtual em homenagem aos 115 anos da Fábrica de Pólvora de Piquete (FPV). Estas imagens, cuidadosamente selecionadas, contam a rica história desta instituição, desde a sua inauguração, em 1909, até meados da década de 1970. Cada foto captura momentos de coragem, dedicação e progresso, testemunhando o esforço incansável de gerações de piquetenses em prol do desenvolvimento nacional. Que esta exposição inspire reflexão e orgulho em nossa comunidade, celebrando o passado glorioso da FPV.

A Fábrica Presidente Vargas em seu Aniversário

Neste mês, a FPV faz aniversário. Recordar sua história constitui momento de especial alegria para Piquete, por ter sido essa indústria bélica a responsável pelo desenvolvimento do município e fomentadora de trabalho e educação para gerações de piquetenses.

Se olhamos retrospectivamente para essa indústria, veremos que o caminho por ela percorrido em mais de 115 anos foi longo e árduo, em momentos de dificuldades foram corajosamente superados.

Desde sua fundação, sucessivos diretores, técnicos, militares, mestres e operários tiveram a nobre missão de trabalhar cotidianamente, dando muito de sua força de trabalho pelo engrandecimento desse patrimônio nacional. Quando de sua inauguração em 15 de março de 1909, ela era considerada a mais moderna fábrica de pólvoras sem fumaça do mundo e, ao longo dos anos, com sucessivos investimentos e ampliações, tornou-se o maior centro fabril militar da América Latina, não só pela capacidade industrial como também pela aprimorada técnica empregada. Tal conquista foi fruto exclusivo do esforço, da dedicação e do grande pendor técnico do brasileiro, motivado por esse imenso amor pela grandeza do Brasil.

O nome FPV consolidou-se no decurso do tempo, alicerçado em suas tradições e nas suas próprias finalidades. Como maior centro fabril de explosivos de guerra, foi o maior abastecedor de nossas Forças Armadas; como parque de indústria civil, impôs-se em todo país, com absoluta aceitação no campo industrial. O caminho percorrido, porém, para tal conquista, não foi sempre fácil. Muitos tombaram no cumprimento do dever, vítimas que foram desse acendrado amor à nossa Fábrica, que é constante e que caracteriza a equipe formada pelos serventuários da FPV é essa verdade mística que faz com que seus operários e técnicos, indiferentes ao perigo que ronda as oficinas, se lancem para frente, num afã incontido de tornar cada vez maior aquela outrora Fábrica de Pólvora sem Fumaça. Nesta data, nossos votos são de que bons ventos impulsionem a FPV, em favor do crescimento, superando dificuldades econômicas, e que volte, como no passado, a produzir para as Forças Armadas, consolidando nossa soberania.

Antônio Carlos M. Chaves