Acervo Fotográfico da Fundação Christiano Rosa
Parte do Arquivo Pró-Memória, da Fundação Christiano Rosa, o acervo de imagens históricas que retratam a cidade de Piquete em praticamente todo o século 20, é riquíssimo.
São dezenas de milhares de fotografias, que cobrem um leque imenso de temas, desde eventos cívico-religiosos até bailes e festas diversas, passando por retratos, paisagem e arquitetura urbana, esportes, educação…
É um patrimônio que merece ser preservado e, principalmente, conhecido pela comunidade, para que as gerações mais novas possam conhecer a história de nossa cidade, bem como quem dela participou ativamente.
Para os mais antigos, observar as fotografias é uma oportunidade de reviver momentos que lhes foram caros.
A publicação desta e de outras fotografias busca, além de entreter o leitor, identificar as personagens que estão registradas nas imagens do acervo fotográfico da Fundação Christiano Rosa.
Além das imagens, segue um texto publicado por um dos articulistas do informativo O ESTAFETA:
“Fotografar é colocar na mesma linha a cabeça, o olho e o coração”
A frase que titula esse artigo é de Henri Cartier Bresson, fotógrafo considerado por muitos o pai do fotojornalismo. Resume de forma indiscutível a fotografia.
Fotografar passou a fazer parte de minha vida de forma mais intensa há cerca de 15 anos, quando passei a colaborar com a Fundação Christiano Rosa. O acervo de imagens reunido por Antônio Carlos Monteiro Chaves me fascinou e aprendi a importância de registrar os momentos para revivê-los quando desejados ou necessários. De alguns anos pra cá, os que amam a fotografia fomos privilegiados pela tecnologia… Se à época ainda utilizávamos máquinas com filmes em rolo, caros, de no máximo “36 poses”, que só permitiam a visualização da imagem após a revelação – também cara –, hoje contamos com a democratização do acesso às câmeras digitais, que permite registrar milhares de fotos em cartões de memória e o acesso imediato à imagem… Essa democratização multiplicou por infinito as imagens captadas pelos “neofotógrafos”. É o olimpo para os turistas, e, além disso, tornou-se ferramenta poderosa para o jornalismo e denúncias diversas – avanços que atingem para o bem e para o mal a todos nós.
Paralelamente ao avanço da tecnologia das câmeras digitais veio a internet, que contribuiu ainda mais para a popularização da fotografia. Por meio das redes sociais elas são divulgadas e muitos talentos podem ser conhecidos. É um prazer e uma aula o acesso às imagens de fotógrafos como Cartier Bresson ou o brasileiro Sebastião Salgado, dois exemplos máximos, em minha opinião, da qualidade.
Amo fotografar. Amo registrar lugares e momentos que me são belos e importantes. Publico viagens e momentos que julgo pertinentes. Penso que, se a mim me agradaram, o prazer pode ser partilhado com amigos queridos. A fotografia me permitiu novas amizades. Encontros entre fotógrafos experientes e amadores acontecem e trocas as mais diversas acontecem, com crescimento para ambos.
Desde que li Cartier Bresson, busco alinhar cabeça, olho e coração. Por muitas vezes vasculho meu arquivo de imagens – outra facilidade da tecnologia – e viajo novamente por lugares que me marcaram, reencontro amigos queridos distantes ou que já foram embora. Emociono-me e evidencio que, no momento de muitos daqueles “shots”, cabeça, olho e coração estavam, certamente, alinhados. Vamos lá, amigos, vamos alinhar cabeças, olhos e corações !
Laurentino Gonçalves Dias Jr.
Publicado originalmente no informativo O ESTAFETA, edição 207, de abril de 2014.
Clicando aqui, você pode acessar o link desta edição completa e até mesmo ter o PDF para baixar se acessar por meio desta página
Leave a reply